terça-feira, 17 de agosto de 2010

O misterioso ladrão

Chegando a casa, Túlio notou que a porta da sala estava entreaberta. Ele nunca deixou de verificar as portas e as janelas quando saía. Então, entrou bem devagar olhando tudo à sua volta. Na sala e na copa, parecia tudo normal. Continuou andando sempre com muita atenção. Quando chegou à cozinha... Ouviu um barulho estranho e foi entrando bem devagar, o barulho parecia com alguém mexendo em alguma coisa, Túlio foi chegando mais perto da cozinha, faltando menos de três metros da cozinha o barulho parou junto com Túlio.
Túlio estava paralisado de medo, quando de repente veio um grande barulho da cozinha, algo parecia ter caído no chão e quebrado. Na hora Túlio ficou mais branco que fantasma em noite de lua cheia, e correu mais rápido que pôde até o corredor do prédio. Quando chegou lá, ele se trombou com a vizinha e a derrubou. Ele estava tão assustado que mal pode falar alguma coisa. A vizinha, que não sabia o que estava acontecendo, começou a xingar Túlio de tudo o que era possível. Mas de repente ela parou de xingá-lo, não porque ele estava assustado, mas sim para pegar seu gatinho que ficava andando no corredor. Ela pegou o gatinho e entrou no seu apartamento. Túlio, que estava apavorado agora com o que estava no seu apartamento e com a vizinha, foi no síndico do prédio. Chegando lá, contou para o síndico o que havia acontecido. O síndico ficou assustado e foram até o apartamento. Já no apartamento, Túlio e o síndico entraram e foram para a cozinha e perceberam que na cozinha tudo estava revirado. O pote de vidro que estava em cima da geladeira estava quebrado, mas não tinha ninguém dentro do apartamento. Eles então resolveram ligar para a polícia.
Logo que os policiais chegaram, foram revistando todo o prédio de quatro andares, todo mundo que morava no prédio teve que descer até o térreo. Todos estavam preocupados, já que aquele era um bairro seguro e o prédio também era muito seguro, mas o síndico acalmou a todos. Quando os policiais voltaram da revista ao prédio, deram a notícia que nenhum suspeito havia sido encontrado e que agora todos poderiam voltar aos seus devidos apartamentos. Os únicos que deveriam ficar era Túlio e o síndico.
Quando todos já tinham subido para os apartamentos, o policial começou a falar que não havia sinal de arrombamento, que a porta deveria estar aberta e que dentro do apartamento o único cômodo da casa que estava revirado era a cozinha e que o meliante fugiu por uma janela da cozinha. Foi aí que Túlio questionou o policial, já que ele morava no segundo andar do prédio, mas o policial disse que o bandido pode ter andado pelo beiral do prédio e fugido. Então o policial perguntou para Túlio se havia alguma chance dele ter deixado a porta aberta. Túlio não sabia o que dizer, já que ele foi apenas à garagem pegar umas sacolas no carro e poderia ter deixado a porta aberta. Como nada havia sido roubado, tinha apenas uma bagunça na cozinha, o policial fez apenas um boletim de ocorrência e sugeriu para Túlio que tomasse mais cuidado com a porta da sua casa e foi embora. Túlio e o síndico ficaram mais um tempo conversando sobre o que poderia ser feito e decidiram apenas só terem mais cuidado, já que aquilo era um fato isolado naquele bairro e nada havia sido roubado.
Túlio subiu para o seu apartamento e viu que na porta à sua espera estava a vizinha que o havia xingado antes. Ela pediu desculpas a Túlio por tê-lo xingado daquela maneira na hora em que ele estava assustado por causa da invasão. Túlio concordou e chamou a vizinha para entrar. Mas ela não quis, já que era tarde e ela não tinha ainda alimentado seu gato biruta. Túlio, depois daquela confusão, foi tomar seu banho para dormir e tentar esquecer-se daquele dia.
No outro dia, quando saiu para trabalhar, Túlio checou a porta antes de sair e foi embora. Quando Túlio chegou do trabalho, viu que a porta estava normal e casa parecia normal. Então ele abriu as janelas para circular um ar e foi tomar um banho. Quando saiu do banho, Túlio ligou a TV e foi fazer um lanche. Quando Túlio chegou à cozinha, quase caiu para trás, já que a cozinha estava toda revirada e os bifes que tinha comprado, que estavam em cima do balcão, tinham sumido. De novo, Túlio não sabia o que fazer, mas dessa vez não era de medo e sim de perplexidade, já que ele não sabia se ficava com raiva por sua cozinha ter sido bagunçado pela segunda vez em dois dias ou se ria pelo ladrão só roubar uma sacola com alguns bifes. Túlio resolveu então ir até o apartamento do síndico e falar o que havia acontecido de novo. Depois de contar para o síndico, os dois desceram para o apartamento de Túlio.
Chegando lá, Túlio viu sua vizinha e chamou-a para ver também. Os três então decidiram não chamar a polícia, já que o ladrão só bagunçava e roubava comida. Foi aí que o síndico teve uma brilhante ideia, colocar uma câmera escondida na cozinha no outro dia e esperar o ladrão atacar de novo. Túlio e a vizinha concordou com a ideia e ficou combinado que no outro dia Túlio chegaria do trabalho, abriria todas as janelas do apartamento e viria para o apartamento da vizinha junto com síndico e esperaria o ataque do ladrão.
No outro dia, Túlio fez como o combinado e foi para o apartamento da vizinha, os três ficaram conversando e brincando com Biruta, o gato. Quando já era tarde foram os três no apartamento de Túlio e viram que não tinha nada revirado na casa dele, estava tudo normal e em paz. Então eles marcaram deixar mais uma vez a câmera escondida e todos irem para um restaurante. Todos concordaram e no outro dia Túlio chegou do trabalho e foi os três jantar num restaurante. O jantar estava bom, mas eles tinham que voltar para ver se o ladrão iria atacar de novo ou iria parar só com alguns bifes.
Quando eles chegaram ao apartamento, tiveram uma surpresa: agora não era apenas a cozinha que estava uma bagunça, mas também o banheiro. E tinha sumido o prato de bifes que estava no balcão da cozinha e uma toalha que estava no banheiro. Já que estava tudo filmado, os três resolveram chamar a policial para ver as filmagens junto com eles.
Quando o policial chegou, foi decidido não alamar os outros moradores do prédio. E foram os três mais o policial para a delegacia ver o filme que mostraria quem era o misterioso ladrão. O policial chamou o delegado para ver também quem era o ladrão. Eles colocaram e depois de alguns minutos de filmes apareceu o misterioso ladrão, mas ninguém ficou espantado, todo mundo que estava na sala vendo o filme caiu foi na gargalhada, o ladrão na verdade não era um ladrão, mas sim um gato, o gato da vizinha, Biruta.
Ele andava pelo beiral do prédio e entrava pela janela da cozinha e ficava fazendo bagunça na cozinha fuçando os armários e o lixo, e comia a carne que estava na vista dele. Mas da última vez ele aproveitou que não tinha ninguém para incomodá-lo e foi vistoriar a casa, levando uma toalha de brinde. Depois de ver o filme e de rir muito, o delegado encerrou a investigação do assalto ao apartamento de Túlio. Túlio, o síndico e a vizinha voltaram para o prédio rindo muito. Quando chegaram na casa da vizinha, encontraram o gato ladrão, Biruta, deitado na toalha roubada e com uma cara de quem está passando mal de tanto comer, e todos começaram a rir de novo.

Diego Maia - 203

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