sábado, 14 de agosto de 2010

Apreendendo a ver o futuro

Júlia estava no primeiro ano do Ensino Médio. E era seu primeiro dia de aula, ela estava muito nervosa, pois era uma escola nova, novos professores, novos amigos e uma nova vida. Ela também estava preocupada com que iria fazer depois de se formar, alguns diziam que ela tinha jeito de veterinária outros diziam que ela iria ser médica e ainda tinha outros que falavam que ela não tinha jeito para nada e que o melhor mesmo era ficar às custas de sua mãe. Mas ela mesmo não sabia em que poderia se formar, só sabia que às custas de sua mãe ela não iria ficar. E naquele estranho dia, que era o primeiro de suas aulas, sua mãe pediu a ela que fosse numa loja esotérica depois da aula para comprar incenso. Quando ela chegou na loja, não havia ninguém para atendê-la. Depois de chamar algumas vezes sem sucesso, foi entrando por uma porta que dava em outro cômodo. Esse cômodo era cheio de velas e lâmpadas coloridas, um pouco diferente e muito maior do que a recepção, e tinha algumas portas entreabertas sem sinal de qualquer pessoa. Ela estava muito assustada, já até pensava em ir, mas a curiosidade de ver o que poderia estar atrás das portas era maior. Na primeira porta que ela resolveu abrir, havia uma idosa em uma cadeira de rodas fazendo tricô. Ao olhá-la ficou querendo entender os motivos que fazia aquela senhora tão feliz, já que ela estava sozinha e sem os movimentos de suas pernas. Sem conseguir se conter de curiosidade, perguntou-lhe:
- Por que a senhora canta tão feliz enquanto faz tricô, se estás aqui sozinha e sem os movimentos de suas pernas?
A senhora respondeu-lhe com um grande sorriso nos lábios:
- Apesar de parecer que eu estou sozinha, eu não estou, porque posso sentir a presença das pessoas que gostariam de estar aqui comigo e não podem. Minhas pernas não me fazem falta, porque o que me sustenta é a alegria de ver sorrisos nos rostos de pessoas, como as crianças carentes e órfãs. Eu faço blusas, cachecóis, calças, até algumas bonecas de pano para crianças e a felicidade que elas ficam fazem a minha felicidade também.
Ouvindo aquelas palavras, Júlia sentiu-se feliz com a atitude daquela senhora. Já estava saindo quando a senhora lhe chamou e lhe deu uma blusa de tricô muito bonita, via-se a felicidade de Júlia em seus olhos.
Muito feliz, Júlia saiu e a porta de saída dava exatamente no cômodo cheio de velas e lâmpadas coloridas. Havia mais algumas portas entreabertas. Júlia acabou entrando novamente em outra porta, na qual lhe levou a um lugar muito bonito, cheio de árvores, flores de todo tipo, e rosas de todas as cores, tudo muito bem cuidado.
Um pouco longe dali, Júlia avistou um jardineiro e foi até ele. Chegando até ele, ela ficou impressionada como aquele jardineiro cuidava de suas rosas, ele conversava com elas como se fossem pessoas. Eles conversaram durante um bom tempo, tempo o bastante para Júlia descobrir que ele ganhava pouco e tinha uma bela família. Que era uma grande pessoa cheia de carisma, atitudes e um grande coração. Ela perguntou por que ele não procurava um outro emprego em que pudesse ganhar bem e que fosse menos pesado?
Ele respondeu que o prazer de fazer seu serviço está na boa sensação de ver a felicidade das pessoas, e mesmo seu salário sendo pouco ele estava feliz, feliz também em ver o sorriso de uma namorada ao receber flores, dos filhos ao presentear seus pais, e dos jovens que acabaram de se casar e vão comemorar sua lua de mel, entre outras ocasiões que o deixava muito alegre. O importante para ele era dar motivo para agradar e ver sorrisos nos rostos das pessoas.
Antes de sair, o jardineiro deu-lhe uma rosa azul que significa confiança, harmonia e afeto pela pessoa. Assim, Júlia saiu e voltou ao mesmo cômodo de antes, com medo de que sua mãe percebesse sua demora, Júlia resolveu entrar só em mais uma porta. Esta porta dava na entrada de um prédio muito bonito e luxuoso. No momento, o prédio aparentava estar vazio.
Quando Júlia ouviu a voz de um homem dentro de uma sala, ela entrou e ficou observando-lhe. Ele estava ao telefone, e aparentava estar muito zangado ao desligar o telefone, e Júlia lhe perguntou qual o motivo de tanta gritaria. Ele um pouco rude disse que tinha uma mulher, e um filho de 11 anos, mas nada que ele fazia estava bom. A mulher sempre reclamando da falta da presença dele e ao mesmo tempo reclamando da falta de roupas, sapatos, joias entre outras coisas; e seu filho sempre achando ruim a falta do pai por perto, que nunca estava no futebol da escola e até mesmo em casa, sem falar dos brinquedos caros que seu filho sempre pedia.
Júlia, ouvindo aquilo, ficou impressionada como era a vida daquele homem rico, mas sem felicidade nenhuma. Tentando ajudá-lo, ela lhe disse para dar menos atenção ao trabalho, e mais atenção à família. Porque o trabalho é uma coisa que te ajuda muito, mas a família seria a base para fazer sua felicidade e a felicidade das pessoa que estão ao seu lado. Ele, ouvindo-a, ficou emocionado e resolveu seguir seus conselhos.
Júlia saiu e novamente voltou ao mesmo cômodo. Como já estava tarde, resolveu ir embora para sua casa, sua mãe perguntou-lhe onde ela esteve todo o tempo. Ela simplesmente respondeu que esteve aprendendo que o importante é você ser feliz, fazendo o que gosta, e o que vale a pena é poder fazer e ver as outras pessoas felizes também.
Júlia foi se deitar, e no dia seguinte voltou correndo à loja esotérica para ver o que se passava atrás das outras portas. Dessa vez, havia uma mulher no balcão, Júlia lhe perguntou se poderia ir até o outro cômodo. A mulher lhe disse que não havia nenhum outro cômodo, além daquele em que ela estava. Júlia não conseguia entender o que estava acontecendo, a balconista disse para Júlia que ela estava sonhando, que tudo não passou de um sonho que parecia ser realidade. Júlia foi embora e tinha a certeza dos acontecidos. Também não insistiu com a balconista porque ela sabia tudo o que tinha passado era realidade e tudo lhe serviu de exemplo. Ela esperava deixar as outras portas para quem estivesse passando pela mesma situação que a dela. Deste dia em diante, Júlia já sabia o que queria de seu futuro, e podem ter certeza que o seu futuro foi muito feliz desde então.

Daniela - 203

3 comentários:

  1. Eu gostei da historia dela, pois achei a historia boa e interessante.Porque acaba incentivando outras pessoas a não desanimar com nada que vem acontecendo e preocupar mais com o futuro delas e ser mais feliz com que a vida tem te oferecido e dado ate hoje.



    Nome:Jessica A. da cruz
    Turma:202
    Nº23

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  2. Texto escolhido: "Apreendendo a ver o futuro"
    O conto, apesar de cheio de misticismo tem uma lição bem positiva que é a seguinte: A verdadeira felicidade não reside em "ter" e sim no "ser. É bem mais importante o que eu faço, do que o que eu possuo, isto é, em se tratando de fazer o bem. O homem do prédio luxuoso não se sentia realizado, apesar de tanta pompa e de se envolver muito no trabalho, ele deixava a família em segundo plano e achava que o dinheiro poderia substituir todo o resto. O jardineiro, embora trabalhando numa atividade simples, ele punha o coração no que fazia, assim como a velha senhora que se doava e se sentia realizada proporcionando o sorriso no rosto de crianças carentes. Esse é o segredo! É dando que se recebe. Devemos nos empenhar muito na vida em fazermos o nosso próximo feliz, pois assim, nós também alcançaremos a felicidade.
    Com relação ao título, levando em conta o enredo da história, parece-me mais viável: "Aprendendo a ver o futuro", no lugar de "Apreendendo a ver o futuro".

    Aluna: Bruna Maia de Oliveira
    Turma: 202

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  3. Ficou muito legal a História, porque a vida não se resume apenas em dinheiro , e sim na felicidade das pessoas. Um exemplo é a senhora do trico e o homem das flores , que apesar das dificuldades deles, podendo ajudar as pessoas e dando-lhes alegria ,também estariam alegres .
    Muito boa a lição de moral , adorei .
    Nome: Tatianne Las Casas N°:29
    Turma: 202

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